Como estruturar ações digitais em tempos de pandemia
Estratégia, público alvo, monitoramento e saber o papel de cada ferramenta digital são pontos chaves para garantir êxito e bons resultados de imagem e engajamento.
Com a pandemia, o mundo online ganhou ainda mais força e estar inserido neste contexto é questão de sobrevivência nesse período nos mais diferentes segmentos. Ana Azzar, CEO e Founder da Agência Greenhouse, revela que 2,2 trilhões de terabytes gerados diariamente, conectados em milhares de ferramentas. Mais de 500 milhões de usuários de sites de informações. O WhatsApp teve aumento de consumo em 75% durante a pandemia. Em 1 minuto, são 59 milhões de mensagens enviadas em apenas 1 minuto no WhatsApp. O consumo de entretenimento e games cresceu 23%, o uso de hashtag # em postagens movimentaram bilhões de posts e as vendas digitais registraram crescimento de 209% no período.
Estar fora do meio digital pode ser prejuízo da imagem e perda financeira para as marcas. Mas, Ana alerta para os cuidados necessários quando se inicia as ações nas redes sociais. “Primeiro é essencial ter um site funcional e atualizado onde o consumidor tenha experiência de acesso. Fica inviável avançar com outros canais antes de estruturar o site para ganhar tráfego”, comenta.
Ana explica que não há como ter um trabalho de blog, conteúdo e social media que não seja derivado de SEO prévio. “Não é possível falar em CRM sem entender que teve uma jornada do consumidor. Não pense isoladamente. Tudo se conecta o tempo todo e faz parte da composição de uma estratégia de marketing digital”.
Outro ponto importante a ser considerado antes de iniciar as ações, é entender a proposta de valor da marca, objetivos, público de interesse, entre outras questões iniciais.
A análise dos resultados também necessita de conhecimento para entender as diferenças entre métrica, medidas para constituir um indicador, geralmente associadas ao comportamento do usuário e sem meta definida, voltada ao desempenho apenas do canal. O KPI, indicador criado a partir de métricas, possibilita mostrar o alcance de determinado resultado. “É mais voltado a medir resultados que a organização busca. Além de avaliar a performance organizacional, os indicadores podem ser úteis para analisar as tendências do usuário”, ressalta.
Para trabalhar com o marketing digital, Ana conta que é necessário estudar o cenário, olhando a nova jornada do consumidor, onde começa como desconhecido e termina como grande divulgador da marca, o que está relacionado à experiência com a marca.
O público de interesse é o ponto de partida e pode ser o perfil e comportamento dos usuários da internet, apesar de não ser suficiente para enxergar uma estratégia digital. Segundo Ana, é necessário construir personas, ou seja, representação fictícia do cliente ideal de um negócio, utilizando não apenas ferramentas, mas também usar recursos de pesquisa e de banco de dados, lembrando-se de considerar a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Outra questão relevante é não esperar aumento das vendas em redes sociais, realizando apenas o impulsionamento do post. “Pode funcionar para engajamento, mas há recursos mais adequados como uma campanha digital de anúncios para se conseguir fazer vendas. Cada canal ou recurso tem sua vocação”, revela Ana, citando alguns Inbound marketing; marketing de conteúdo; blog; sites, hotsites e landing pages; redes sociais; e-mail marketing; SEO; CRM; entre outros.
A especialista também destaca é necessário considerar as funcionalidades das ferramentas, facilidade de uso e de integração com outros meios e formato de cobrança e complementa sugerindo que todas as ações devem ser testadas e monitoradas antes de serem colocadas em prática.