Como garantir benefícios na jornada para a nuvem?
A computação em nuvem (cloud computing) pode trazer vários benefícios para as empresas, afirma Diego Santos, gerente de tecnologia e inovação da Nextios, unidade de negócios corporativa do grupo Locaweb, dedicada a soluções de negócio e serviços gerenciados para nuvens públicas, privada e híbridas, e Ambassador Program da Amazon Web Services (AWS) no Brasil . “Seu negócio torna-se mais escalável, competitivo, podendo atender clientes de qualquer lugar do mundo sem perder a qualidade do produto ou serviço entregue”, reforça o executivo. E continua, dizendo ser fácil pensar: “Que ótimo! Então vou achar uma empresa que forneça esse serviço no mercado e ‘fazer’ a migração”. Não é bem assim, alerta Santos. Para uma jornada para a nuvem tranquila e eficiente, que faça sentido à sua companhia, é necessário planejamento. Migrar uma infraestrutura de negócios para a nuvem, seja ela pública, privada e/ou híbrida, alerta ele, exige muita seriedade e todos os profissionais envolvidos no projeto devem fazer parte do planejamento e execução. O processo deve ser iniciado com uma rigorosa análise 360° do seu negócio e do que irá para a nuvem: saber os níveis de segurança, sistemas operacionais utilizados, tamanho dos dados, business continuity etc. Assim é possível realizar a mudança com a capacidade correta, sem mais nem menos, o que mantém o projeto o mais econômico possível, sempre pensando na necessidade/custo. “Para esta análise”, explica Santos, “usamos a metodologia dos sete ‘R’s, que consiste em sete possíveis maneiras de levar o seu workload para a nuvem. São elas o Rehost, que é a realocação de uma estrutura existente para a nuvem sem realizar nenhuma mudança; o Retire, que é aposentar um workload que já não é mais necessário; o Retain, onde os aplicativos ficam em seu ambiente de origem por não fazerem sentido na migração (ou porque a empresa quer deixar essa migração, talvez muito custosa, para outro momento); o Replatform, que é migrar para a nuvem uma aplicação com otimizações para aproveitar todas as vantagens do cloud; Refactor, que é o mesmo do anterior, só com maiores modificações na arquitetura do workload; Repurchase, onde você compra uma aplicação mais aderente ao momento do seu negócio de um terceiro e, finalmente, Relocate, que é a movimentação completa da máquina virtual para a nuvem.” Além disso, é importante organizar a migração para nuvem em etapas, dessa forma elimina-se a necessidade de interrupções no negócio durante todo o processo. E, mesmo que seja necessário paralisar as operações, isso deve ser rápido e afetar apenas um ou alguns poucos setores da empresa – todas essas ações serão acompanhadas por um time específico. A sugestão de Santos é mover uma área do negócio de cada vez. Sempre que finalizar uma etapa, certificar-se de que tudo correu bem e que o processo esteja realmente finalizado para começar a próxima etapa no tempo certo. Se for possível, antes de avançar, testar e avaliar a etapa de migração concluída. Com a migração bem feita a empresa reduz custos, consegue melhorar a experiência para o usuário final, com mais velocidade na liberação de serviços e pode usufruir de um produto mais maleável, com possibilidade de ampliação ou redução da sua operação com maior facilidade. A sua equipe de TI também terá mais tempo para focar no seu negócio, ao invés de pensar em backups, refrigeração do servidor ou simples questões de trocas de senhas. “A dúvida que fica: vale a pena todo esse planejamento para realizar a migração? A resposta é sim. Afinal, para aumentar a competitividade do seu negócio, você deve pensar na tecnologia como meio, e não fim”, finaliza Santos.