Itaú Unibanco aposta em escola de tecnologia para desenvolver soluções e contratar talentos
O Brasil forma 46 mil profissionais de TI por ano, um número abaixo da necessidade do mercado, que é de 70 mil. Até 2024, a expectativa é de que a demanda anual seja de 329 mil profissionais, segundo o relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
De olho nos dados e na sua realidade, o Itaú Unibanco firmou uma parceria com a École 42, uma das principais escolas de programação e engenharia de software do mundo. Por meio do 42 Labs, um programa de cinco meses para que estudantes desenvolvam projetos reais com empresas parceiras, o Itaú Unibanco viu a possibilidade de inserir os alunos na cultura da organização e ainda ter um projeto realizado de acordo com suas necessidades. A parceria motivou a contratação de mais de 20 estudantes que participaram do laboratório.
“Para o Itaú, o Labs é como um processo de seleção continuada, onde podemos ver além da performance, a integração dos alunos com o time e a capacidade de adaptação à nossa cultura, o que nos possibilita tomar uma decisão mais acertada na hora da contratação. Além de ter acesso a talentos que o mercado ainda não viu, e apoiamos a formação de mão de obra qualificada para uma área que passa por uma necessidade grande de profissionais mais completos”, diz Thiago Charnet, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco.
Além da execução de projetos com um time externo e da possibilidade de contratar os alunos, as empresas encontram no Labs a possibilidade de admitir uma equipe completa de tecnologia, que já chega sabendo trabalhar e resolver problemas coletivamente, e a possibilidade de recrutar talentos que já estarão imersos nas suas culturas e ambientes técnicos (conjuntos de ferramentas e sistemas utilizados).
A diminuição do tempo de ramp up (como é conhecido o tempo de formação até uma pessoa estar pronta para desempenhar suas funções) do novo profissional e a possibilidade de contratar devs em formação já com experiência de mercado são outros diferenciais positivos que as empresas identificam no projeto social desenvolvido pela escola.
“O Labs 42 existe prioritariamente para que os alunos possam experimentar, na prática, o desafio que vivem os profissionais da tecnologia dentro das empresas. A contratação deles é consequência dessa iniciativa, que tem se provado cada vez mais eficiente. Os que não vão para as empresas parceiras durante o projeto, finalizam o Labs seguros e começam a se aplicar para processos seletivos, antes mesmo de concluírem a formação na 42. Assim, praticamente todos terminam o curso empregados”, conta Lula Rodrigues, CTO na 42 em São Paulo.
Com metodologia exclusiva e inovadora – baseada na aprendizagem por projetos, gameficação e no trabalho em equipe -, a 42 é uma escola de engenharia de software gratuita, criada em Paris e disseminada por mais de 20 países, que tem como objetivo ampliar o acesso a uma aprendizagem humana e transformar o ecossistema tech em um ambiente mais diverso, criativo, colaborativo e consciente. Além de participante do Labs, o Itaú é um dos grandes parceiros da 42, que possibilita o ensino gratuito e de excelência para todas as pessoas que se interessam por tecnologia.
“Na 42 a palavra-chave do aprendizado é colaboração. Aqui desenvolvemos mais do que soft ou hard skills, mas human skills. Por isso, formamos profissionais que em poucos meses estão prontos para o mercado de trabalho. Acreditamos na educação gratuita e excelente”, finaliza Lula.