Apesar de a geração Z ser a primeira de “nativos digitais”, ou seja, daqueles que já nasceram com a internet, após dois anos de distanciamento por conta da pandemia da Covid-19, esses jovens estão querendo mais conexão “olho no olho”. É o que mostra uma pesquisa do Snapchat, aplicativo de mensagens multimídia, sobre a cultura e a comunicação da geração Z em 2022.

A realidade é que os jovens dessa geração estão valorizando esse reencontro com entes queridos, amigos de escola e colegas de trabalho mais do que nunca, segundo o estudo. Cerca de quatro em cada cinco entrevistados, entre 13 e 24 anos, planejam passar mais tempo se conectando pessoalmente do que antes da pandemia.

Os jovens também estão priorizando seu verdadeiro eu, vulnerabilidades e aspectos relacionados. De acordo com o relatório do Snapchat, 53% dos respondentes acreditam que ser fiel a quem eles são se tornou ainda mais importante, apesar da pressão de estar à altura das expectativas. Eles são mais abertos do que as gerações anteriores para falar sobre discriminação contra comunidades LGBTQ+ e segurança das mulheres, conforme explicita o estudo.

A pandemia deixou marcas não só nos adultos, como também nos jovens, principalmente pela interrupção de suas rotinas, educação e lazer. Diante dessa mudança nos jovens da geração Z, de acordo com o estudo, eles buscam ativamente construir espaços seguros, livres de pressões e expectativas, isso porque quase metade dos entrevistados disseram que se conectam com suas comunidades ou pessoas próximas a eles para ajudá-los a lidar com o estresse.

Conforme as gerações foram mudando, a forma de fazer comunicação também mudou, tornando-se mais visual com a chegada dos emojis, gifs e vídeos curtos. O estudo do Snapchat mostra que 97% dos jovens entrevistados usam alguma forma de comunicação visual ao enviar mensagens para amigos, para criar uma conexão mais pessoal. Além disso, três em cada cinco jovens da geração Z usam a comunicação visual de forma geral para ter uma conexão mais pessoal.

Para realizar esse relatório, a Crowd DNA realizou uma pesquisa online de 15 minutos entre uma amostra de 16.000 entrevistados em 16 países: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Holanda, Noruega, Arábia Saudita, Espanha, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Segundo o Snapchat, um número inicial de mil respondentes foi recrutado por mercado baseado em cotas representativas por país (com base em pesquisas secundárias) colocadas em idade, sexo, região e etnia para garantir números nacionalmente representativos.